ÁRVORE DO ASSOBIO
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A um amigo… Não foi o final da relação. Isso já tinha ocorrido uns meses antes. O que aconteceu naquele dia foi mesmo o fim da linha. Já não havia horizonte para lá do que restou daquelas últimas e definitivas palavras. Foi um novo final, mas, agora, definitivo. Uma sentença que transitou em julgado, sem direito a recurso. O primeiro final, a antecâmara do definitivo, foi um fim envolto na esperança de um recomeço. Havia uns fumos de futuro e a esperança de um caminho ainda para fazer. Ela mesma considerou e alimentou essa possibilidade. E isso deixou tudo em aberto: no meio daquela súbita inquietação, resistiu uma doce expectativa de recomeço. Mas naquele dia chegou o que parecia estar para sempre afastado: o fim. O fim com letras marcadas a fogo. As palavras que ali foram ditas não deixaram espaço a equívocos: era mesmo o fim. Para lá desse dia, o horizonte terminava num muro intransponível e numa densa escuridão. Um muro impossível de transpor. Umas trevas que cegavam ...